segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Aprendendo com as enchentes de Sta Catarina

Estava eu navegando e encontrei este site bem bacana sobre o aquecimento global. Tomei a liberdade de copiar e postar um artigo sobre as enchentes aqui em Sta Catarina. Segue abaixo o texto:



Aprendendo com as enchentes de Santa Catarina (Site AquecimentoGlobal.com.br - Hélio A. Frei Filho)

As mudanças climáticas que observamos no planeta inteiro com o gradual e continuo aquecimento da atmosfera e dos oceanos devido a alta concentração dos gases do efeito estufa que torna a atmosfera mais ativa intensificando gradualmente eventos como fortes chuvas, ciclos de secas, maior numero de furações e tufões também tem afetado o Brasil e entre todos os estados Santa Catarina e Rio Grande do Sul vem sofrendo com maior intensidade os efeitos do aquecimento global, a alguns anos atrás o Rio Grande do Sul sofreu um grande ciclo de secas que deteriorou bastante a economia agropecuária da região, Santa Catarina sofreu em 2005 um furacão que os meteorologistas não acreditaram que seria possível, pois este tipo de evento climática nunca havia sido registrado no atlântico sul, no entanto, este foi o primeiro, e felizmente a marinha e a defesa civil acreditaram na intensidade e força do evento e tomaram a tempo as medidas certas que amenizaram as perdas de vidas e os danos materiais, mesmo assim milhares de residências foram destruídas. Na linha do equador uma grande seca sem precedentes atingiu a Amazônia em 2005 que colocou em risco todo aquele gigantesco ecossistema, fundamental para a regularidade do clima no Sudeste e Sul do Brasil. O estado de Santa Catarina já sofreu outras enchentes anteriormente, mais nunca com a intensidade como a de novembro de 2008. O país precisa aprender com este trágico evento climático, e preparar-se para o futuro, o estado não pode apenas mostrar-se presente á luz dos holofotes da impressa, e necessário que haja um planejamento para lidar com esta nova realidade que esta se formando com as mudanças climáticas.


Somente o socorro emergencial às vitimas de calamidades como estas é pouco, é preciso evitar, senão amenizar, as calamidades causadas pelas mudanças climáticas preparando a sociedade e a economia para enfrentá-las, já que teremos que conviver por algumas décadas com os efeitos do aquecimento global. Cabe ao estado inserir as possíveis conseqüências das mudanças climáticas em seus planos de desenvolvimento econômico e infra-estrutura sob pena de ver sua sociedade e economia periodicamente afetadas por eventos climáticos extremos. O estado de Santa Catarina teve sua economia paralisada com estas fortes chuvas, inclusive com o fechamento do importante porto de Itajaí, o Rio Grande do Sul ficou por alguns dias sem uma importante fonte de energia, o gás natural, que devido ao rompimento do gasoduto que passa pela região afetada pelas fortes chuvas em Santa Catarina, isto sem contar a tragédia social com centenas de mortes e milhares de desabrigados. Outros países já se conscientizaram que é necessário mitigar, ou seja adaptar-se, no Reino Unido, por exemplo, o enfrentamento as possíveis conseqüências das mudanças climáticas já é política de governo, com vários medidas e investimentos como por exemplo a construção das gigantescas comportas do rio Tamisa para proteger a cidade de Londres das terríveis conseqüências das cheias.Claro que não podemos comparar a capacidade de investimento de um pais como o Reino Unido com a do Brasil, mais e certo que e sempre muito mais barato prevenir do que remediar. O Brasil precisa, entre outras, tomar medidas como maior fiscalização na ocupação do solo urbano para que não seja permitido construir em áreas de risco como encostas, ou a beira de rios, e mangues, maior fiscalização e orientação na construção predial para que estejam adaptadas a um clima mais rigoriso, maior fiscalização no controle de queimadas e desmatamento da Amazônia e de outros importantes biomas do Brasil, já que o Brasil é o 4º maior emissor de CO2 devido principalmente a queimadas na Amazônia. Desenvolvimento de novas técnicas de construção e adaptação de portos, rodovias, redes de transmissão de energia, dutos e gasodutos, para que sejam adaptadas para resistir aos efeitos de uma atmosfera mais ativa. Estratégicas reservas e conservação de água para as grandes cidades e agricultura, para eventos de chuvas irregulares.O governo Brasileiro já trabalho em um chamado Plano Nacional de Mudança Climática, que foi anunciado pelo Presidente Lula na 62ª Assembléia Geral da ONU, e deve apresenta-lo agora neste mês de Dezembro na conferência do clima de Poznan, Polônia, esperamos que este plano seja abrangente o necessário para planejar como iremos adaptar nossa economia para diminuir as emissões dos gases do efeito estufa e ao mesmo tempo lançar as bases para planejarmos nossa economia para adaptarmos aos efeitos do aquecimento global que segundo os cientista, teremos que conviver nas próximas décadas.

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