Absoluto, total, ilimitado e pleno. Sem questionamentos, sem perguntas limitadoras, sem dúvidas amedrontadas, sem viagem. Uma rendição incondicional ao efetivamente maior, magnânimo, intangivel, imensurável. Algo que se aceita e se vive, que não se define senão por superlativos e mesmo assim ainda limitados. Usa-se palavras porque palavras são um caminho de expressão. Usa-se o verbo pois o verbo representa uma ação. Usa-se a arte como uma valvula de escape para essa sensação. O texto, a tela, o pincel, a ponta do lápis, a corda do violão, a corda vocal, a mão na pedra, no mourão, no couro do instrumento, pintando, tocando, se expressando. O corpo rolando, dançando, correndo, tremendo, chorando, sorrindo, cantando. Telas, textos, canções, peças, representações, nada mais!
Uma maneira de expandir, de espalhar, de difundir, de continuar, e por fim exaurir. Dar vazão ao turbilão incontrolável, senão como limitar o ilimitado? Estúpido fato!
É maior e pronto. É mais forte e deu. É ele e não eu. Esse, o amor meu.
2 comentários:
Dos que eu li, de longe, fora este o que mais me tocou... Lindo, não. Emocionante.
Ana
Ciro, amo tudo o que vc escreve! Vc tem groove.. rsrs
Beijos, tudo de bom!
Lore
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