feliz natal aos amigos (((keep om)))
muitas felicidades, bom humor e alegria
:)
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Sobre o vegetarianismo
"Não tenho dúvida que seja parte do destino da raça humana, na sua melhora gradual, deixar de comer animais." (Henry Thoreau)
"Tempo virá em que os seres humanos se contentarão com uma alimentação vegetariana e julgarão a matança de um animal inocente como hoje se julga o assassínio de um homem." (Leonardo da Vinci)
"É fácil nos posicionar sobre um assunto remoto, mas revelamos nossa verdadeira natureza quando o assunto bate à nossa porta. Prostestar contra touradas na Espanha ou o assassinato de foquinhas no Canadá e continuar comendo frangos que passaram a vida toda apinhados em gaiolas, ou carne de vitela de bezerros que foram separados da mãe, de sua dieta apropriada e da liberdade de deitar-se com as pernas estendidas é o mesmo que denunciar o apartheid na África do Sul e ao mesmo tempo pedir a seus vizinhos brancos que não vendam a casa a negros." (Peter Singer)
"Nada beneficiará tanto a saúde humana e aumentará as chances de sobrevivência da vida na Terra quanto a evolução para uma dieta vegetariana. A ordem da vida vegetariana, por seus efeitos físicos, influenciará o temperamento dos homens de uma tal maneira que melhorará em muito o destino da humanidade." (Albert Einstein)
"Tempo virá em que os seres humanos se contentarão com uma alimentação vegetariana e julgarão a matança de um animal inocente como hoje se julga o assassínio de um homem." (Leonardo da Vinci)
"É fácil nos posicionar sobre um assunto remoto, mas revelamos nossa verdadeira natureza quando o assunto bate à nossa porta. Prostestar contra touradas na Espanha ou o assassinato de foquinhas no Canadá e continuar comendo frangos que passaram a vida toda apinhados em gaiolas, ou carne de vitela de bezerros que foram separados da mãe, de sua dieta apropriada e da liberdade de deitar-se com as pernas estendidas é o mesmo que denunciar o apartheid na África do Sul e ao mesmo tempo pedir a seus vizinhos brancos que não vendam a casa a negros." (Peter Singer)
"Nada beneficiará tanto a saúde humana e aumentará as chances de sobrevivência da vida na Terra quanto a evolução para uma dieta vegetariana. A ordem da vida vegetariana, por seus efeitos físicos, influenciará o temperamento dos homens de uma tal maneira que melhorará em muito o destino da humanidade." (Albert Einstein)
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
um lado e o outro
Outro dia sonhei que meu pai morria
e mesmo com um forte abraço ele ia
ficava o vazio seguido pela solidão fria
Neste dia soube que nada é eterno
que não estarei sempre jovem e belo
e não caberei mais neste terno
Uma apresentação da beleza da impermanência
mesmo que soe como uma tremenda indecência
é assim que as coisas são, paciência...
Em pares de opostos a vida se apresenta
para sorrir e chorar, para pedir e doar
para seguir e parar, para falar e escutar
Meu gato acabou de entrar
para pedir comida começou a miar
tenho que cuidar do bichano... podem esperar?!
e mesmo com um forte abraço ele ia
ficava o vazio seguido pela solidão fria
Neste dia soube que nada é eterno
que não estarei sempre jovem e belo
e não caberei mais neste terno
Uma apresentação da beleza da impermanência
mesmo que soe como uma tremenda indecência
é assim que as coisas são, paciência...
Em pares de opostos a vida se apresenta
para sorrir e chorar, para pedir e doar
para seguir e parar, para falar e escutar
Meu gato acabou de entrar
para pedir comida começou a miar
tenho que cuidar do bichano... podem esperar?!
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
satisfeito
prática de yoga ao lado de um pai com sua contagiante filhinha e também a outra mãe madura e consciente meio metro de onda com pouca pressão mas com muita diversão água fria porém boa para fazer o sangue circular mais ativo mais vivo mais vívido o sol presente com nuvens que dão um tempo para a pele descansar bate papo na areia sobre qualquer coisa que vier a mente uma garota toma sol logo ali os olhos não deixam de observar a cor da água cada vez mais azul ou seria verde na verdade não importa muito o gato jogado no jardim espreguiçando apenas o rabo imagino que a noite do felino deve ter sido agitada ratos gatas tretas com cachorros da vizinhança uma ducha depois do mar e um tempo para deixar o corpo secar naturalmente suco de pêssego vitamina de mamão com canela para ajudar na digestão convivendo entre eruditos músicos poetas doutores professores drogados familias playboys malucos caipiras médicos convivendo música para os ouvidos da alma
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
rebelde
rebelde com causa ou melhor com causas com questões para serem resolvidas sem pressa em encontrar soluções apenas cultuando a capacidade de colocar em xeque o que está posto como comum e correto não a rebeldia agressiva dos guerrilheiros de plantão nem a impáfia dos punks já com moicanos com muitos fios brancos muito menos a agressividade vaidosa e pueril da adolescência apenas a necessidade em questionar o que existe em nossa volta bacanas são os amorais interessantes são os ignorantes inseridos são os absurdos a comodidade gera toneladas e toneladas de hipocrisia
terça-feira, 22 de setembro de 2009
a pé
se não tiver carona
eu vou a pé
se não tiver tempo
eu vou como der
se não tiver escolha
eu vou assim mesmo
pela rua escura
pelo beco perigoso
pela estrada de terra
pelo caminho mais dificil
caminho sigo e acredito
muitos invernos já passaram
e muitos outros virão
caminho sigo e acredito
sozinho com novos
e antigos amigos
caminho sigo e acredito
pois me dê um motivo
para pensar diferente?
disso não há quem convence!
eu vou a pé
se não tiver tempo
eu vou como der
se não tiver escolha
eu vou assim mesmo
pela rua escura
pelo beco perigoso
pela estrada de terra
pelo caminho mais dificil
caminho sigo e acredito
muitos invernos já passaram
e muitos outros virão
caminho sigo e acredito
sozinho com novos
e antigos amigos
caminho sigo e acredito
pois me dê um motivo
para pensar diferente?
disso não há quem convence!
com sorriso e com amor
ah... não enche meu saco com esse papo de que tudo está terminado e tudo está difícil e que a única solução seria um concurso público para garantir uma estabilidade para o futuro afinal como será o próximo dia a próxima hora o próximo momento eu não sei ninguém saberia dizer mas cabe colocar que tá foda ter mais uma vez que provar o meu valor em outro teste outro vestibular outra escola outra nota outra coisa qualquer outra carreira vamos que vamos continuar no sonho na estrada na música com o sorriso no rosto iniciando mais uma década acreditando vamo que vamo novos sorrisos novo corte de cabelo uma bela roupa colorida dê-me um desafio de verdade não mais uma provinha dê-me vida derretendo pelas paredes não um escrivaninha dê-me ondas sol cachoeiras poesia inspiração notas musicais palavras e mais palavras fotos de amigos pelo mundo postadas no facebook sem fronteira sem abismos sem problemas e dramas que venham novas gripes novas doenças novos dilemas para que possamos superá-los mais uma vez não há nada tão assustador assim vamo que vamo porque não temos vocação para poste vamo que vamo com a vida entre os dentes com olhos de predador com sorriso e com amor
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Arrisque
Arrisque se jogue no desconhecido escreva sem fazer rascunho a primeira coisa que vier na sua cabeça faça papel de ridículo não tenha medo de errar e tentar de novo pegue o primeiro onibus para qualquer lugar e só volte quando der na telha deixe alguem esperando de vez em quando e volte com um presente bacana entre sozinho em um pub e puxe conversa com estranhos seja menos careta mas não tão maluco assim beba uma marca diferente de cerveja e ligue para amigos da escola no dia de seus aniversários convite conviva procure e doe sempre que puder aprenda um esporte novo uma lingua nova um instrumento musical ouça discos antigos black sabbath e lembre por que aquilo fazia sentido ligue para sua mãe e peça fotos da infancia diga que tem saudades mas que ainda não pode ir visitar uma nova tatuagem sempre cai bem seus filhos vão se divertir ande de bicicleta até conseguir subir aquele morro sem por os pés no chão drope as ondas mesmo se estiverem fechando dance sozinho cante no chuveiro leia blogs e compartilhe suas fotos veja menos televisão cozinhe para quem você ama arrume um bicho de estimação de carinho até para as plantas e abra bem seu ouvido para as pessoas que você tem dificuldade de conviver seja prestativo com quem realmente precisa seja prestativo com todo mundo ajude sempre que puder não faça tudo por dinheiro não se venda por tão pouco tome banho de cachoeira vá fundo vá além convide alguém para um vinho experiemente experiencie ouça jimi hendrix antes do final do dia leia poesias e escreva algumas sem medo não se limite não coloque molduras ponha para fora diga o que tem a dizer de maneira suave ame sempre saia nos finais de semana e frequente sempre um café ligue suas antenas jogue na sena coma pimenta e beba chá considere o vegetarianismo e dê um tempo meditando tente entender as cores do por do sol e acorde cedo para não perder o nascimento faça tudo de novo insita se esforce dedique-se transpire faça valer a pena essa viajem faça valer a pena o almoço e o jantar faça valer!
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Aceita um chai?
e se meu time não ganhou?
e se o título nunca vier?
e se a correspondência não chegou?
e se eu não souber o nome daquela mulher?
e se o caminho parece sempre mudar?
e se o destino insiste em me enganar?
e se as pernas começarem a doer?
e se o coração parar de bater?
antes de eu querer
tudo pode acontecer
antes de merecer
um final,
o início,
pode esquecer
o remédio, vou lhes dizer
pegue aquele disco do Sublime
(só vale se for o vinil)
e faça o dia acontecer
o Sol, o entardecer,
agosto quase no fim,
setembro e a primavera
por fim estais afim?!
o resto eu não sei...
mas tenho o controle total
de minha vida
agora, hoje, neste exato momento
cabe apenas a mim
ser assim ou assado
ser bem ou mau encarado
aproveitar o certo
enganar o errado
e se o título nunca vier?
e se a correspondência não chegou?
e se eu não souber o nome daquela mulher?
e se o caminho parece sempre mudar?
e se o destino insiste em me enganar?
e se as pernas começarem a doer?
e se o coração parar de bater?
antes de eu querer
tudo pode acontecer
antes de merecer
um final,
o início,
pode esquecer
o remédio, vou lhes dizer
pegue aquele disco do Sublime
(só vale se for o vinil)
e faça o dia acontecer
o Sol, o entardecer,
agosto quase no fim,
setembro e a primavera
por fim estais afim?!
o resto eu não sei...
mas tenho o controle total
de minha vida
agora, hoje, neste exato momento
cabe apenas a mim
ser assim ou assado
ser bem ou mau encarado
aproveitar o certo
enganar o errado
Yoga no Quintal
Para os que estão aqui em Florianópolis vai um recado. O projeto Yoga no Quintal está de volta com força total! São práticas que ministro aqui no quintal de casa, para vizinhos, amigos, casais, ou qualquer pessoa que esteja interessada em começar o dia com o pé direito.
As práticas ocorrem as terças e quintas, as 08h da manhã, aqui no final da Rua Mar do Leste no Rio Tavares. Fica então o convite. Venha esticar, respirar, observar, conviver, e depois tomar um café com o pessoal!
:)
As práticas ocorrem as terças e quintas, as 08h da manhã, aqui no final da Rua Mar do Leste no Rio Tavares. Fica então o convite. Venha esticar, respirar, observar, conviver, e depois tomar um café com o pessoal!
:)
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Escatológico!
Ontem eu resolvi fuçar em minha antiga coleção de Cds. Entre tantas coisas bacanas, que marcaram de alguma maneira vários momentos de minha vida, encontrei um disco que escutei "até furar" quando era moleque.
Tudo ao mesmo tempo agora é o último disco do Titãs ainda com a participação de Arnaldo Antunes. Talvez seja realmente o último com a verdadeira essencia da banda. Album visceral, desde a capa que contém imagens de livros de anatomia humana, até as letras, lindas em sua escatologia. Ou como conseguiria justificar uma poesia com o verso "amor, eu quero te ver cagar" ?!
Mas, após escutar mais uma vez esta pérola de 1991, a faixa que mais me chamou a atenção foi Saia de Mim, com letra e voz de Arnaldo Antunes. Segue abaixo a letra da canção, que exprime como um vômito a urgência de ser verdadeiro em pensamento, palavra e ação.
Saia de mim como suor
tudo que eu sei de cor
saia de mim como excreto
tudo que está correto
saia de mim
saia de mim
saia de mim como um peido
tudo que dor perfeito
saia de mim como um grito
tudo que eu acredito
tudo que eu não esqueça
tudo que for certeza
saia de mim vomitado
expelido, exorcizado
saia de mim como escarro
espirro, pus, porra, sarro
sangue, lágrima, catarro
saia de mim a verdade
saia de mim a verdade
saia de mim a verdade
Tudo ao mesmo tempo agora é o último disco do Titãs ainda com a participação de Arnaldo Antunes. Talvez seja realmente o último com a verdadeira essencia da banda. Album visceral, desde a capa que contém imagens de livros de anatomia humana, até as letras, lindas em sua escatologia. Ou como conseguiria justificar uma poesia com o verso "amor, eu quero te ver cagar" ?!
Mas, após escutar mais uma vez esta pérola de 1991, a faixa que mais me chamou a atenção foi Saia de Mim, com letra e voz de Arnaldo Antunes. Segue abaixo a letra da canção, que exprime como um vômito a urgência de ser verdadeiro em pensamento, palavra e ação.
Saia de mim como suor
tudo que eu sei de cor
saia de mim como excreto
tudo que está correto
saia de mim
saia de mim
saia de mim como um peido
tudo que dor perfeito
saia de mim como um grito
tudo que eu acredito
tudo que eu não esqueça
tudo que for certeza
saia de mim vomitado
expelido, exorcizado
saia de mim como escarro
espirro, pus, porra, sarro
sangue, lágrima, catarro
saia de mim a verdade
saia de mim a verdade
saia de mim a verdade
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Ando
Ando meio sem graça
meio sem jeito
meio mais ou menos
uns dias para mais
outros para menos
Ando meio parando
quando paro
volto a andar
meio que sem lugar
para estacionar
Ando meio de saco cheio
de tanto balançar
sem ter vontade de ligar
mas esperando
o telefone chamar
Ando sem ter para onde ir
mas com vontade de chegar
talvez apenas para caminhar
conhecer pessoas, cheiros, sentidos
e tentar outro lugar
Ando mesmo indeciso
entre o tédio e o sorriso
entre o céu e o abismo
talvez aprendendo a voar
entre eles possa passear
meio sem jeito
meio mais ou menos
uns dias para mais
outros para menos
Ando meio parando
quando paro
volto a andar
meio que sem lugar
para estacionar
Ando meio de saco cheio
de tanto balançar
sem ter vontade de ligar
mas esperando
o telefone chamar
Ando sem ter para onde ir
mas com vontade de chegar
talvez apenas para caminhar
conhecer pessoas, cheiros, sentidos
e tentar outro lugar
Ando mesmo indeciso
entre o tédio e o sorriso
entre o céu e o abismo
talvez aprendendo a voar
entre eles possa passear
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
O massacre da serra elétrica
Segue um fato bem peculiar que ocorreu durante uma prática que eu ministrava aqui na Ilha de Santa Catarina. Durante a reforma do espaço físico da escola as aulas continuaram acontecendo normalmente, mas isso não impediu que alguns contratempos existissem.
Observe o causo: sala cheia pela manhã, turma bacana formada por praticantes já antigos, todos dedicados e concentrados no Yoga. Finalzinho do yoganidra, todos com corpo e mente já tranquilos se ajeitando para a meditação que se iniciaria em instantes. Tudo lindo, tudo nos conformes. Sem exageros, dava para sentir a vibração de paz naquela manhã.
Sem pedir licença, seu Robson, marceneiro competente e simpático responsável pela reforma da recepção, liga sua serra tico-tico e começa seu extremamente barulhento trabalho. Nem precisa falar que o clima da sala mudou. Drasticamente! Eu praticamente lia os pensamentos de raiva, ódio, desprezo e outras coisas não tão amáveis vindas da mente de cada praticante.
E agora professor, como sair dessa? Como trazer o Yoga para essa situação? - por sorte anos antes algo semelhante ocorrera num grupo de meditação Zazen do qual eu participara. Ao invés do marceneiro, o incomodo era o som de um carro que estacionou em frente ao espaço. Todos do grupo se incomodaram da mesma maneira citada acima. Porém o monge japonês, em sua sabedoria, esperou calmamente vinte minutos até o final de meditação para concluir apenas isto: "Meditar em silêncio fácil, meditar com barulho difícil mas verdadeiro".
Não exitei em citar meu antigo professor, e utilizando suas palavras conseguimos transformar uma situação que parecia perdida em um tema para a meditação que se iniciava. Respire... concentre-se no som da serra elétrica e relaxe!
*** artigo publicado originalmente na Revista Prana Yoga Journal de agosto/2009
Observe o causo: sala cheia pela manhã, turma bacana formada por praticantes já antigos, todos dedicados e concentrados no Yoga. Finalzinho do yoganidra, todos com corpo e mente já tranquilos se ajeitando para a meditação que se iniciaria em instantes. Tudo lindo, tudo nos conformes. Sem exageros, dava para sentir a vibração de paz naquela manhã.
Sem pedir licença, seu Robson, marceneiro competente e simpático responsável pela reforma da recepção, liga sua serra tico-tico e começa seu extremamente barulhento trabalho. Nem precisa falar que o clima da sala mudou. Drasticamente! Eu praticamente lia os pensamentos de raiva, ódio, desprezo e outras coisas não tão amáveis vindas da mente de cada praticante.
E agora professor, como sair dessa? Como trazer o Yoga para essa situação? - por sorte anos antes algo semelhante ocorrera num grupo de meditação Zazen do qual eu participara. Ao invés do marceneiro, o incomodo era o som de um carro que estacionou em frente ao espaço. Todos do grupo se incomodaram da mesma maneira citada acima. Porém o monge japonês, em sua sabedoria, esperou calmamente vinte minutos até o final de meditação para concluir apenas isto: "Meditar em silêncio fácil, meditar com barulho difícil mas verdadeiro".
Não exitei em citar meu antigo professor, e utilizando suas palavras conseguimos transformar uma situação que parecia perdida em um tema para a meditação que se iniciava. Respire... concentre-se no som da serra elétrica e relaxe!
*** artigo publicado originalmente na Revista Prana Yoga Journal de agosto/2009
Dá um samba?!
Esse é um caso de mulher
que ficou com meu samba canção
e também com o meu boné,
me tirou a roupa do corpo
e com seu espírito solto
conquistou-me com sua magia.
Bem que ela avisou que de onde vinha
todas tinham fama de feitiçaria
e eu a zombar do desconhecido
sigo, fito e regozijo
agora aflito sob o efeito do feitiço.
que ficou com meu samba canção
e também com o meu boné,
me tirou a roupa do corpo
e com seu espírito solto
conquistou-me com sua magia.
Bem que ela avisou que de onde vinha
todas tinham fama de feitiçaria
e eu a zombar do desconhecido
sigo, fito e regozijo
agora aflito sob o efeito do feitiço.
sábado, 8 de agosto de 2009
o absoluto
Quando percebi a dimensão de Deus estremeci!
Sem limitações, pleno e absoluto
o que permeia mesmo
quando não há o que permear
O que em todos habita
sem ser habitado por ninguém
Ele é o que sou
por trás de minha ignorância.
Ele é o conhecimento.
A luz dos fatos que reside
na alegria e na dor
mostrando as faces da mesma moeda.
Ou então o que seria a felicidade
além da pausa da tristeza?
Um truque de ilusão!
O que buscas num sorriso compõe uma lágrima.
Sem limitações, pleno e absoluto
o que permeia mesmo
quando não há o que permear
O que em todos habita
sem ser habitado por ninguém
Ele é o que sou
por trás de minha ignorância.
Ele é o conhecimento.
A luz dos fatos que reside
na alegria e na dor
mostrando as faces da mesma moeda.
Ou então o que seria a felicidade
além da pausa da tristeza?
Um truque de ilusão!
O que buscas num sorriso compõe uma lágrima.
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
de olho na multidão inerte
Segue por aí que o amor é uma coisa boa.
Segue pelas ruas que é feliz apenas quem o encontrou.
Sabes que sei que talvez sabíamos dessa verdade, porém todavia
a sabedoria pode ser apenas conto da carrochinha
quando algo deveras elucidante chega e detona a realidade suposta.
Desça do céu, sabes como é?
Entregue apenas àqueles que sabem porque
queriam saber e decentemente buscaram
entender a profundidade do ser vivente.
Bípede, esguio e arrogante
auto intitulado ser regente
do terceiro planeta de um minúsculo sistema
de uma galáxia qualquer na beira do universo.
Perplexa imensidão mesquinha
que em escala de formigas
não passa de uma ida a esquina do formigueiro
e voltar logo após carregando meia dúzia
de folhinhas e gravetos.
Coisa de um domingão sem inspiração!
Enquanto a empáfia segue ao toque de caixa,
o vento sopra e o fogo queima,
a cigarra canta, avoa e troca de casca
em algum tronco e deixa assim
um mundo intenso de sonhos
para a criança que encontrá-la.
Tenha dó! Não sabe observar?
O amor é o resumo da ópera
ensaiada, cantada e encenada
pela multidão inerte,
fotossintética, exoesquelética,
quadrupede e qualquer adjetivalóide
que apontamos com o indicador
como reles irracionais.
Amar é estar distraído para sentir e viver!
Fernando Pessoa o disse e o diga.
Segue pelas ruas que é feliz apenas quem o encontrou.
Sabes que sei que talvez sabíamos dessa verdade, porém todavia
a sabedoria pode ser apenas conto da carrochinha
quando algo deveras elucidante chega e detona a realidade suposta.
Desça do céu, sabes como é?
Entregue apenas àqueles que sabem porque
queriam saber e decentemente buscaram
entender a profundidade do ser vivente.
Bípede, esguio e arrogante
auto intitulado ser regente
do terceiro planeta de um minúsculo sistema
de uma galáxia qualquer na beira do universo.
Perplexa imensidão mesquinha
que em escala de formigas
não passa de uma ida a esquina do formigueiro
e voltar logo após carregando meia dúzia
de folhinhas e gravetos.
Coisa de um domingão sem inspiração!
Enquanto a empáfia segue ao toque de caixa,
o vento sopra e o fogo queima,
a cigarra canta, avoa e troca de casca
em algum tronco e deixa assim
um mundo intenso de sonhos
para a criança que encontrá-la.
Tenha dó! Não sabe observar?
O amor é o resumo da ópera
ensaiada, cantada e encenada
pela multidão inerte,
fotossintética, exoesquelética,
quadrupede e qualquer adjetivalóide
que apontamos com o indicador
como reles irracionais.
Amar é estar distraído para sentir e viver!
Fernando Pessoa o disse e o diga.
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Infeste
Eu venho de todas as partes
Por todas as vias
Trazendo as vontades de todas as crias
Eu sou
Uma couraça pros dias de fúria
Nervos de aço pra cada aventura
Corpo fechado até sua altura
Estou
Costas quentes
Dentes acesos
Olhos de espelho
Cabeça de leão
Lançando o perigo na ponta do enfeite
Estica o caminho quem manda no chão
Já que fui ontem
Estarei no amanhã
Brincando de outra pessoa
Invadindo outro mundo
Eu vou
Eu vou
...............................................................................
Enquanto novas coisas são criadas em minha mente e no meu Ser, boas músicas infestam minha cabeça! Ouça sempre Nação Zumbi.
Por todas as vias
Trazendo as vontades de todas as crias
Eu sou
Uma couraça pros dias de fúria
Nervos de aço pra cada aventura
Corpo fechado até sua altura
Estou
Costas quentes
Dentes acesos
Olhos de espelho
Cabeça de leão
Lançando o perigo na ponta do enfeite
Estica o caminho quem manda no chão
Já que fui ontem
Estarei no amanhã
Brincando de outra pessoa
Invadindo outro mundo
Eu vou
Eu vou
...............................................................................
Enquanto novas coisas são criadas em minha mente e no meu Ser, boas músicas infestam minha cabeça! Ouça sempre Nação Zumbi.
sexta-feira, 17 de julho de 2009
Hoje meu mundo é bom
Vai então essa dica musical :
Olho de Peixe é uma ótima banda na qual tive a oportunidade de fazer bons amigos. As canções são lindas, as letras também, os músicos são primeira... Segue aí embaixo a letra de "Hoje meu mundo é bom". Quem quiser conhecer mais é só entrar no link
http://tramavirtual.uol.com.br/artista.jsp?id=14476
Hoje meu mundo é bom
Você não sabe o que vou dizer
Pra qualquer um quando eu quiser me convencer
Você não sabe o que vou levar
Quando eu for pra onde eu quiser
Mais rápido que o amor
Mais forte que o meu querer
Bem mais calmo também
Minha vida já não sabe o que é receio
Hoje meu mundo é bom
Será simples ouvir
O que a canção diz
Se você puder pensar somente em mim
Mais intenso que hoje sou
Mais fácil que amar você
Bem mais vivo também
Minha vida já não sabe o que é receio
Hoje meu mundo é bom
Olho de Peixe é uma ótima banda na qual tive a oportunidade de fazer bons amigos. As canções são lindas, as letras também, os músicos são primeira... Segue aí embaixo a letra de "Hoje meu mundo é bom". Quem quiser conhecer mais é só entrar no link
http://tramavirtual.uol.com.br/artista.jsp?id=14476
Hoje meu mundo é bom
Você não sabe o que vou dizer
Pra qualquer um quando eu quiser me convencer
Você não sabe o que vou levar
Quando eu for pra onde eu quiser
Mais rápido que o amor
Mais forte que o meu querer
Bem mais calmo também
Minha vida já não sabe o que é receio
Hoje meu mundo é bom
Será simples ouvir
O que a canção diz
Se você puder pensar somente em mim
Mais intenso que hoje sou
Mais fácil que amar você
Bem mais vivo também
Minha vida já não sabe o que é receio
Hoje meu mundo é bom
sábado, 11 de julho de 2009
Você pratica Yoga?
Observando o universo do Yoga atual com olhos de pesquisador científico conseguimos separar algumas características que saltam aos olhos de imediato. Não vamos aqui entediar o leitor com uma descrição detalhada das várias facetas deste universo e também dos indivíduos que o compõe.
Porém, algo realmente chama a atenção quando nos jogamos nesta empreitada. É sabido que o ser humano tem o hábito de se unir a semelhantes, de procurar aqueles que possuem maneirismos, gestos, vestuários que de alguma forma se encaixam com espectativas conscientes, ou talvez não, que nutrimos socialmente. Isso acontece no Yoga também, oras! Nada mais natural, ou neste universo não temos pessoas se sociabilizando?
Pare a fita! Neste instante que a vaca começa a ir para o brejo. Eu também gostaria de ter aquele tapetinho antiderrapante bacana, ou quem sabe a nova bermuda que ajuda na elasticidade e liberdade dos movimentos devido ao seu tecido sintético de última geração. Utensílios, apetrechos, coisinhas para optimizar sua prática de yoga. É sempre bom estar munido de auxiliares para dar mais conforto, resultados ou o que seja de bom para a prática. Da mesmo maneira que um ciclista ou um surfista procura estar sempre com o que há de mais moderno para seu esporte.
O problema básico é que deveríamos ir ao centro de yoga ou mesmo aos cursos intensivos para vivenciar o yoga e seus ensinamentos. O que o crescimento da divulgação da prática traz é salutar por um lado, porém nocivo por outro. Mais pessoas praticando, centros de yoga com bastante movimento, publicações mensais sobre o tema, cursos e mais cursos acontecendo Brasil afora. Como é bom ver mais e mais pessoas se interessando pelo tema. Contudo toda festa sempre tem o chato, e o da vez é o gradativo desinteresse pelo o conteúdo, pelos verdadeiros ensinamentos milenares. Pelo o Yoga em si!
Sim, é muito bom passar um mês com novos amigos num curso intensivo, rever pessoas queridas, respirar aliviado longe da rotina estressante do dia-a-dia. Mas isso não é e nem deveria ser o foco principal. Nem na formação e muito menos nas aulas cotidianas que freqüentamos semanalmente pertinho de nossas casas. O yoga, como sabemos, é uma ferramenta para o auto conhecimento, para a auto transformação. Conhecer-se, transformar-se consiste em observar nossos padrões e coloca-los a prova, constantemente. Conhecer-se pode ser bastante dolorido e desafiador. Ouvir e aprender sobre conceitos nobres como amanitvam , a ausência de vaidade citada na Gita, e prontamente enunciar comentários como “isso não é para mim” ou “isso só nascendo de novo”, nunca fará o praticante vivenciar o desejado auto conhecimento citado.
É preciso que além do tapete bacana, do asana super difícil, do pranayama exigente exista uma atitude interna de observação e além disso, a capacidade de admitir nossas características e ser sincero em encarar os fatos, o que precisa ser pontuado com mais precisão, o que temos que começar mudar. Aprender novos conceitos e coloca-los em prática! Em casa, na rua, com amigos e familiares, com amores, com pessoas que convivemos banalmente.
Continuemos a desenvolver o lado prático, o bussiness relacionado ao yoga, mas se vamos vender algo, se vamos levar algo as pessoas, que seja o yoga. Sempre! A cada concessão feita por motivos pouco elevados perde-se também a essência da prática. Sem radicalismos, mas com os pés no chão. Se for para colocar a prática como mero esporte, ou como um caminho para o bem estar, teremos benefícios mas nunca o auto conhecimento.
Porém, algo realmente chama a atenção quando nos jogamos nesta empreitada. É sabido que o ser humano tem o hábito de se unir a semelhantes, de procurar aqueles que possuem maneirismos, gestos, vestuários que de alguma forma se encaixam com espectativas conscientes, ou talvez não, que nutrimos socialmente. Isso acontece no Yoga também, oras! Nada mais natural, ou neste universo não temos pessoas se sociabilizando?
Pare a fita! Neste instante que a vaca começa a ir para o brejo. Eu também gostaria de ter aquele tapetinho antiderrapante bacana, ou quem sabe a nova bermuda que ajuda na elasticidade e liberdade dos movimentos devido ao seu tecido sintético de última geração. Utensílios, apetrechos, coisinhas para optimizar sua prática de yoga. É sempre bom estar munido de auxiliares para dar mais conforto, resultados ou o que seja de bom para a prática. Da mesmo maneira que um ciclista ou um surfista procura estar sempre com o que há de mais moderno para seu esporte.
O problema básico é que deveríamos ir ao centro de yoga ou mesmo aos cursos intensivos para vivenciar o yoga e seus ensinamentos. O que o crescimento da divulgação da prática traz é salutar por um lado, porém nocivo por outro. Mais pessoas praticando, centros de yoga com bastante movimento, publicações mensais sobre o tema, cursos e mais cursos acontecendo Brasil afora. Como é bom ver mais e mais pessoas se interessando pelo tema. Contudo toda festa sempre tem o chato, e o da vez é o gradativo desinteresse pelo o conteúdo, pelos verdadeiros ensinamentos milenares. Pelo o Yoga em si!
Sim, é muito bom passar um mês com novos amigos num curso intensivo, rever pessoas queridas, respirar aliviado longe da rotina estressante do dia-a-dia. Mas isso não é e nem deveria ser o foco principal. Nem na formação e muito menos nas aulas cotidianas que freqüentamos semanalmente pertinho de nossas casas. O yoga, como sabemos, é uma ferramenta para o auto conhecimento, para a auto transformação. Conhecer-se, transformar-se consiste em observar nossos padrões e coloca-los a prova, constantemente. Conhecer-se pode ser bastante dolorido e desafiador. Ouvir e aprender sobre conceitos nobres como amanitvam , a ausência de vaidade citada na Gita, e prontamente enunciar comentários como “isso não é para mim” ou “isso só nascendo de novo”, nunca fará o praticante vivenciar o desejado auto conhecimento citado.
É preciso que além do tapete bacana, do asana super difícil, do pranayama exigente exista uma atitude interna de observação e além disso, a capacidade de admitir nossas características e ser sincero em encarar os fatos, o que precisa ser pontuado com mais precisão, o que temos que começar mudar. Aprender novos conceitos e coloca-los em prática! Em casa, na rua, com amigos e familiares, com amores, com pessoas que convivemos banalmente.
Continuemos a desenvolver o lado prático, o bussiness relacionado ao yoga, mas se vamos vender algo, se vamos levar algo as pessoas, que seja o yoga. Sempre! A cada concessão feita por motivos pouco elevados perde-se também a essência da prática. Sem radicalismos, mas com os pés no chão. Se for para colocar a prática como mero esporte, ou como um caminho para o bem estar, teremos benefícios mas nunca o auto conhecimento.
terça-feira, 7 de julho de 2009
Deixo quieto
Desejo
coisa do coração e da mente
um foco insistente
que teima em não calar
Obsessão
coisa do coração e da mente
um foco absurdamente insistente
que machuca por não parar
Desapego
do desejo, da obsessão
coisa além da mente que cura o coração
que alivia por se doar
Paz
(...)
coisa do coração e da mente
um foco insistente
que teima em não calar
Obsessão
coisa do coração e da mente
um foco absurdamente insistente
que machuca por não parar
Desapego
do desejo, da obsessão
coisa além da mente que cura o coração
que alivia por se doar
Paz
(...)
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Como é bom ter amigos sinceros
Bem no momento em que eu estava me sentindo a bactéria do coco do cavalo do bandido eu recedo esta mensagem via MSN:
"May today there be peace within. May you trust that you are exactly
where you are meant to be. May you not forget the infinite possibilities
that are born of faith in yourself and others. May you use the gifts
that you have received, and pass on the love that has been given to you.
May you be content with yourself just the way you are. Let this
knowledge settle into your bones,
and allow your soul the freedom to sing, dance, praise and love. It is there for each and every one of us."
Obrigado!
:)))))))
"May today there be peace within. May you trust that you are exactly
where you are meant to be. May you not forget the infinite possibilities
that are born of faith in yourself and others. May you use the gifts
that you have received, and pass on the love that has been given to you.
May you be content with yourself just the way you are. Let this
knowledge settle into your bones,
and allow your soul the freedom to sing, dance, praise and love. It is there for each and every one of us."
Obrigado!
:)))))))
Um renque de árvores lá longe, lá para a encosta.
Mas o que é um renque de árvores? Há árvores apenas.
Renque e o plural árvores não são coisas, são nomes.
Triste das almas humanas, que põem tudo em ordem,
Que traçam linhas de coisa a coisa,
Que põem letreiros com nomes
Nas árvores absolutamente reais.
E desenham paralelos de latitude e longitude
sobre a própria terra inocente
e mais verde e florida do que isso!
Alberto Caeiro
Mas o que é um renque de árvores? Há árvores apenas.
Renque e o plural árvores não são coisas, são nomes.
Triste das almas humanas, que põem tudo em ordem,
Que traçam linhas de coisa a coisa,
Que põem letreiros com nomes
Nas árvores absolutamente reais.
E desenham paralelos de latitude e longitude
sobre a própria terra inocente
e mais verde e florida do que isso!
Alberto Caeiro
quinta-feira, 2 de julho de 2009
sábado, 27 de junho de 2009
Texto do frio
Segue que é inversamente proporcional a leitura de poemas e a produção de reality shows pelos meios de comunicação. Isso não é um dado científico, antes que alguem possa perguntar. Isso é apenas observação. Ou você consegue puxar um papo sobre algo bacana numa roda de camaradas? Vale mais manter o tradicional futebol, TV, morte de algum astro que ninguém dava moral mas agora todos estão falando sobre.
Sem querer ser mau humorado, mas está complicado! Ninguém aqui está defendendo a intelectualização dos papos de buteco ou das rodinhas de fofoca. Isso seria um saco mesmo. Só que cada vez mais e mais cava-se em direção ao raso, intelectualmente e emocionalmente falando. Ligue a TV agora e faça o teste, ou mesmo compre uma revista semanal, ou o livro mais vendido da livraria do shopping. É só observar, olhar em volta com o olhar crítico. São cada vez mais raras as ilhas seguras para o desenvolvimento de temas um pouquinho mais elucidantes. O conhecimento está há um click de distância e mesmo assim continuamos a ligar a TV para assistir a novela ou ao jornal da noite e ter um apanhado mais superfecial de qualquer assunto.
Querendo, isto sim, ser astuto, apontar e analisar o que parece fora dos trilhos. Éramos um país de riqueza cultural ímpar e nos transformamos em mais um enlatado. O que antes era um carnaval multi fantástico virou um padrão de micaretas, o que antes era o futebol arte transformou-se em futebol tédio, nem mesmo os narradores conseguem disfarçar. E assim por diante, escolha o seu exemplo! Nas artes, na literatura, na música! Tendencias de mercado por todos os lados.
Não nos confunda com hippies ou saudosistas. A crítica aqui segue com os pés no chão. Vai evoluir, vai inovar, vai crescer e aparecer, então o faça com devoção e entrega a sua tradição de belas canções de chico, milton, gil e outros - só para citar a música. Tem muita gente boa por aí divulgando sua história virtualmente, livros, telas, peças, temas online. Mas precisamos de mais! Menos carbono, mais oxigênio. A poluição é total, nos ares, nas paredes, nas ruas, e principalmente nas mentes limitadas. Dê-se a chance de inovar, de tatear novas fronteiras, de fazer o inimaginável. De matricular-se naquela aula de canto, aprender a esculpir, aprender uma coisa nova que desde sempre você quis conhecer. Ou de que adianta um super computador operado sem um pouco de inspiração?
Sem querer ser mau humorado, mas está complicado! Ninguém aqui está defendendo a intelectualização dos papos de buteco ou das rodinhas de fofoca. Isso seria um saco mesmo. Só que cada vez mais e mais cava-se em direção ao raso, intelectualmente e emocionalmente falando. Ligue a TV agora e faça o teste, ou mesmo compre uma revista semanal, ou o livro mais vendido da livraria do shopping. É só observar, olhar em volta com o olhar crítico. São cada vez mais raras as ilhas seguras para o desenvolvimento de temas um pouquinho mais elucidantes. O conhecimento está há um click de distância e mesmo assim continuamos a ligar a TV para assistir a novela ou ao jornal da noite e ter um apanhado mais superfecial de qualquer assunto.
Querendo, isto sim, ser astuto, apontar e analisar o que parece fora dos trilhos. Éramos um país de riqueza cultural ímpar e nos transformamos em mais um enlatado. O que antes era um carnaval multi fantástico virou um padrão de micaretas, o que antes era o futebol arte transformou-se em futebol tédio, nem mesmo os narradores conseguem disfarçar. E assim por diante, escolha o seu exemplo! Nas artes, na literatura, na música! Tendencias de mercado por todos os lados.
Não nos confunda com hippies ou saudosistas. A crítica aqui segue com os pés no chão. Vai evoluir, vai inovar, vai crescer e aparecer, então o faça com devoção e entrega a sua tradição de belas canções de chico, milton, gil e outros - só para citar a música. Tem muita gente boa por aí divulgando sua história virtualmente, livros, telas, peças, temas online. Mas precisamos de mais! Menos carbono, mais oxigênio. A poluição é total, nos ares, nas paredes, nas ruas, e principalmente nas mentes limitadas. Dê-se a chance de inovar, de tatear novas fronteiras, de fazer o inimaginável. De matricular-se naquela aula de canto, aprender a esculpir, aprender uma coisa nova que desde sempre você quis conhecer. Ou de que adianta um super computador operado sem um pouco de inspiração?
quarta-feira, 24 de junho de 2009
terça-feira, 23 de junho de 2009
Está escrito por aí, afinal
tudo só vai muito bem
se um dia foi mal
coisas vão para um lado
se já foram para o outro
parece meio torto
essa forma de pensar
mas basta sentar e lembrar
Desde moleque quando ia brincar
no balanço, na gangorra ou pedal
para um lado ou outro
subindo ou descendo
com vento, com chuva, com lama
areia, terra vermelha ou preta
na roça, no asfalto, na garagem do prédio
Os piores tombos depois das melhores corridas
as caimbras mais violentas depois das melhores partidas
tomar uma porrada depois de uma boa briga
esconde, pega, corre, transpira, fica, instiga
e assim é, até o fim, a vida.
tudo só vai muito bem
se um dia foi mal
coisas vão para um lado
se já foram para o outro
parece meio torto
essa forma de pensar
mas basta sentar e lembrar
Desde moleque quando ia brincar
no balanço, na gangorra ou pedal
para um lado ou outro
subindo ou descendo
com vento, com chuva, com lama
areia, terra vermelha ou preta
na roça, no asfalto, na garagem do prédio
Os piores tombos depois das melhores corridas
as caimbras mais violentas depois das melhores partidas
tomar uma porrada depois de uma boa briga
esconde, pega, corre, transpira, fica, instiga
e assim é, até o fim, a vida.
domingo, 21 de junho de 2009
Afim!
Estamos celebrando a capacidade de sermos amáveis. A necessidade de sermos permissívos. Estamos aprendendo a essência das artes diluídos em marés de emoções vindouras. Estamos seguindo em frente rumo a qualquer lugar diferente e igual. Ouvindo afrobeat! Cantando no tom que vocês pedirem. Dançando até o chão. Somos parceiros da vida escancarada. Lá fora faz um frio de verdade sob um sol de rachar, preambulos de dias poéticos que não vamos perder vendo outro replay na TV. Eu e os meus, os meus e eu. Estamos ganhando latitudes e longitudes globais seguindo em frente evitando enlatados mas comendo porcarias quando a fome pintar. Instigando a faculdade de nos apaixonar por tudo que pode vir as retinas. Escrevendo poesias, produzindo filmes, fazendo um som, grafitando, desenhando, mandando ver! Sentados vendo os outros correndo, correndo e vendo os outros dormir, dormindo em meio a festas lotadas. Estamos aí do seu lado rindo da sua cara para também poder rir da nossa. Acendendo velas e fazendo orações em linguas arcaicas. Elevando pensamentos e ações. Lendo, lendo e lendo de novo. Frequentando sebos e livrarias de shoppings. Praticando a união interna e externa do Ser com o seres. Sabemos que existe paz nas montanhas além, mas também sabemos que temos movimentar algo. Senão o bicho pega mesmo assim! Estamos bolando e tocando projetos de conscientização de valores imensuráveis que estão por aí desde sempre sem que a maioria de nós de muito valor. Estamos afim! Unindo talentos e celebrando nossas semelhanças e principalmente nossas diferenças. E ouvindo afrobeat! Adotando animais de rua, catando lixo nas praias, praticando a cortesia. Lavando a louça, o chão, as roupas... por lavar! Separando lixo físico, emocional e mental. A faxina é geral e nossa por opção. Desbravando o mundo mas pedindo benção aos pais porque deles sentimos saudades. Estamos amando, meu senhor.
quarta-feira, 17 de junho de 2009
((( ame )))
que seja o seu cachorro
que seja a sua tia
que seja o amor de sua vida
que seja algo imensurável
que seja qualquer coisa
mas que seja amor
ame
seus livros usados
seus discos riscados
suas mp3s roubadas
suas roupas de grife ou de brechó
mas que tenha amor
ame
emane ame chame
clame reclame ame
ame e dê vexame
antes que chegue a tarde
(((ame)))
que seja a sua tia
que seja o amor de sua vida
que seja algo imensurável
que seja qualquer coisa
mas que seja amor
ame
seus livros usados
seus discos riscados
suas mp3s roubadas
suas roupas de grife ou de brechó
mas que tenha amor
ame
emane ame chame
clame reclame ame
ame e dê vexame
antes que chegue a tarde
(((ame)))
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Sem condições
Absoluto, total, ilimitado e pleno. Sem questionamentos, sem perguntas limitadoras, sem dúvidas amedrontadas, sem viagem. Uma rendição incondicional ao efetivamente maior, magnânimo, intangivel, imensurável. Algo que se aceita e se vive, que não se define senão por superlativos e mesmo assim ainda limitados. Usa-se palavras porque palavras são um caminho de expressão. Usa-se o verbo pois o verbo representa uma ação. Usa-se a arte como uma valvula de escape para essa sensação. O texto, a tela, o pincel, a ponta do lápis, a corda do violão, a corda vocal, a mão na pedra, no mourão, no couro do instrumento, pintando, tocando, se expressando. O corpo rolando, dançando, correndo, tremendo, chorando, sorrindo, cantando. Telas, textos, canções, peças, representações, nada mais!
Uma maneira de expandir, de espalhar, de difundir, de continuar, e por fim exaurir. Dar vazão ao turbilão incontrolável, senão como limitar o ilimitado? Estúpido fato!
É maior e pronto. É mais forte e deu. É ele e não eu. Esse, o amor meu.
Uma maneira de expandir, de espalhar, de difundir, de continuar, e por fim exaurir. Dar vazão ao turbilão incontrolável, senão como limitar o ilimitado? Estúpido fato!
É maior e pronto. É mais forte e deu. É ele e não eu. Esse, o amor meu.
sexta-feira, 12 de junho de 2009
O caso do sonho de valsa
O sonho de valsa é uma unidade indivisível da matéria. Sério cara! Como o átomo, se o cidadão insistir em dividi-lo as consequências podem ser explosivas.
Imagina a cena, malandro tá no trabalho, fundindo a cuca para entregar aquele maldito relatório no prazo, quase sempre curto demais que o patrão, ou melhor, o sinhô estipulou. Lá pelas tantas já com a vista embaralhada, ele resolve dar um tempinho e vai até a lanchonete do terceiro andar para dar uma esticadinha na canela, desanuviar os pensamentos e quem sabe, se der sorte, trocar dois dedos de prosa com a simpática balconista do estabelicimento. Discretamente nosso funcionário padrão espreguiça o esqueleto, faz uma piadinha sem graça com o colega da mesa ao lado e sem muita pressa se dirige ao corredor, depois as escadas (porque de elevador é rápido demais) até finalmente chegar ao oasis das guloseimas entupidoras de veias. Nessa toada ele abaixa seu corpanzil para escolher melhor entre os salgados da estufa.
"- Ô Vanderlei, você de novo por aqui cara? Eu só dou azar mesmo! Você demitiu a Carol é? Já que é assim eu vou caprichar... Me vê um empanado de palmito, um suquinho de laranja sem açucar e um pãozinho de queijo para começar". Sem ligar muito para a provocação Seu Vanderlei separa o pedido e deixa com um pouco de desleixo em cima do balcão: "Tá aí campeão..." Com o olho brilhando e a boca salivando o responsável pelo setor administrativo faz seu sagrado lanchinho vespertino com toda poesia que se pode esperar de um momento como este. Pura magia! Como todo ritual sagrado que se prese, existe o momento do ápice, aquele instante de oferenda, êxtase: "Ô Vanderlei meu amigo, faz uma caridade para o seu brother de caminhada, me ajeita um cafezinho purinho e também um sonho de valsa para adocicar minhas idéias". Em menos de trinta segundos já está tudo arrumado, afinal a lanchonete pode ser pequena, mas o atendimento é de primeira.
Ahhh o café... Instante ímpar para aquele senhor de meia idade. E após o amargo, o doce, é claro! Olhar fixo na embalagem rosa que o acompanha desde a infância. A sensação do plástico desenrolando entre o indicador e o polegar de cada mão, o cheiro aguça os sentidos, a cor marrom, o chocolate começando a derreter, o verdadeiro prazer químico, o amor em pedaços... Eis que surge Dona Ruth! E com sua voz de cigarro faz o pedido infernal: "Oi querido, que bom te ver por aqui! Hmmm, que delícia esse sonho de valsa, me dá um pedacinho?!"
(Pausa para assimilar tamanha crueldade)
Como pedem a etiqueta e as boas maneiras, Gilson não pôde dizer não, mesmo que internamente o deseja com todas suas forças. Lá se foi o bombom para a boca de Dona Ruth. Três quartos a bem dizer. O que voltou foi um restolho esmigalhado, sem vida. Uma verdadeira tristeza.
Ao leitor fica o pedido de desculpas. Poderiamos aqui desenvolver uma conclusão lógica, baseada em conceitos filosóficos do oriente, coisas profundas da alma. Mas acreditamos que isso não se faz necessário. Fica aqui um pedido sincero: não parasite os momentos especiais de outros, não queira viver o que não é seu, não use da boa fé alheia para conseguir objetivos mesquinhos. Pense no nosso personagem acima. É de dar dó. não é? Situação dificil viu...
Imagina a cena, malandro tá no trabalho, fundindo a cuca para entregar aquele maldito relatório no prazo, quase sempre curto demais que o patrão, ou melhor, o sinhô estipulou. Lá pelas tantas já com a vista embaralhada, ele resolve dar um tempinho e vai até a lanchonete do terceiro andar para dar uma esticadinha na canela, desanuviar os pensamentos e quem sabe, se der sorte, trocar dois dedos de prosa com a simpática balconista do estabelicimento. Discretamente nosso funcionário padrão espreguiça o esqueleto, faz uma piadinha sem graça com o colega da mesa ao lado e sem muita pressa se dirige ao corredor, depois as escadas (porque de elevador é rápido demais) até finalmente chegar ao oasis das guloseimas entupidoras de veias. Nessa toada ele abaixa seu corpanzil para escolher melhor entre os salgados da estufa.
"- Ô Vanderlei, você de novo por aqui cara? Eu só dou azar mesmo! Você demitiu a Carol é? Já que é assim eu vou caprichar... Me vê um empanado de palmito, um suquinho de laranja sem açucar e um pãozinho de queijo para começar". Sem ligar muito para a provocação Seu Vanderlei separa o pedido e deixa com um pouco de desleixo em cima do balcão: "Tá aí campeão..." Com o olho brilhando e a boca salivando o responsável pelo setor administrativo faz seu sagrado lanchinho vespertino com toda poesia que se pode esperar de um momento como este. Pura magia! Como todo ritual sagrado que se prese, existe o momento do ápice, aquele instante de oferenda, êxtase: "Ô Vanderlei meu amigo, faz uma caridade para o seu brother de caminhada, me ajeita um cafezinho purinho e também um sonho de valsa para adocicar minhas idéias". Em menos de trinta segundos já está tudo arrumado, afinal a lanchonete pode ser pequena, mas o atendimento é de primeira.
Ahhh o café... Instante ímpar para aquele senhor de meia idade. E após o amargo, o doce, é claro! Olhar fixo na embalagem rosa que o acompanha desde a infância. A sensação do plástico desenrolando entre o indicador e o polegar de cada mão, o cheiro aguça os sentidos, a cor marrom, o chocolate começando a derreter, o verdadeiro prazer químico, o amor em pedaços... Eis que surge Dona Ruth! E com sua voz de cigarro faz o pedido infernal: "Oi querido, que bom te ver por aqui! Hmmm, que delícia esse sonho de valsa, me dá um pedacinho?!"
(Pausa para assimilar tamanha crueldade)
Como pedem a etiqueta e as boas maneiras, Gilson não pôde dizer não, mesmo que internamente o deseja com todas suas forças. Lá se foi o bombom para a boca de Dona Ruth. Três quartos a bem dizer. O que voltou foi um restolho esmigalhado, sem vida. Uma verdadeira tristeza.
Ao leitor fica o pedido de desculpas. Poderiamos aqui desenvolver uma conclusão lógica, baseada em conceitos filosóficos do oriente, coisas profundas da alma. Mas acreditamos que isso não se faz necessário. Fica aqui um pedido sincero: não parasite os momentos especiais de outros, não queira viver o que não é seu, não use da boa fé alheia para conseguir objetivos mesquinhos. Pense no nosso personagem acima. É de dar dó. não é? Situação dificil viu...
quinta-feira, 11 de junho de 2009
Escreveu Neruda
"El miedo es también un camino.
Y entre sus piedras pavorosas
puede marchar con cuatro pies
y cuatro labios, la ternura"
Y entre sus piedras pavorosas
puede marchar con cuatro pies
y cuatro labios, la ternura"
quarta-feira, 10 de junho de 2009
Calo no dedo
Comecei a tocar violão na mesma época em que meus primeiros fios de barba começaram a aparecer. Lembro um dia, indo para a escola de carona com meus pais pensei comigo: "Ainda vou aprender a tocar algum instrumento". Não demorou muito e já estava numa aulinha lá no centro de goiânia para aprender os primeiros acordes. Quem toca sabe, no inicio os dedos não funcionam muito bem, e logo vem uma dor nos dedos de tanto ficar apertando aquelas cordas de nylon.
"É que você ainda não criou calos nas pontas dos dedos" - dizia meu professor. Ouvi aquilo e acreditei no cara. Para todo lugar que eu ia sempre levava a viola a tira colo, e com o tempo logo os calos surgiram, e quando exagerava umas bolhas de sangue também. Nada que fosse me matar, era apenas meu corpo se acostumando com o novo esforço, a nova maneira de trabalha-lo.
Os anos se passaram, continuei tocando, as vezes mais, as vezes menos, mas sempre tocando. Com passar do tempo me aproximei do yoga e quando dei por mim estava sentado no tapetinho emborrachado de prática, olhando para as partes desgastadas do mesmo e pensando: "Você ainda não consegue fazer esse asana com tranquilidade porque ainda nao criou 'calo no dedo'..." Como na música, a prática trazia os mesmos desafios, ser constante e ter compromisso até o corpo e a mente se acostumarem com a novidade. Até o corpo e a mente se sentirem a vontade para relaxar no que está sendo proposto. Até você conseguir superar tranquilamente e sem pressa as dificuldades que naturalmente surgirem.
Na música, depois que se tem o calo criado, você pode tocar por horas, esmiuçar o instrumento, fazer acordes acrobáticos, que mesmo assim tudo flui na cadencia da canção executada. No Yoga acontece algo semelhante, no asanas, nos pranayamas, em meditação. Quem nunca se deparou com alguma prática meditativa na qual a mente teima em não relaxar, em não se centrar no que é proposto, mas que depois de alguma insistência e um pouco de paciencia tudo parece encontrar seu espaço e seu momento para ser e acontecer. A prática constante dá resultado, e não precisa ser musico, yogui, ou qualquer sábio para chegar a essa conclusão. Em qualquer situação do dia a dia, em qualquer lugar, nas situações mais adversas, a prática somada a uma boa orientação é o melhor caminho para se dominar o que está sendo estudado.
"É que você ainda não criou calos nas pontas dos dedos" - dizia meu professor. Ouvi aquilo e acreditei no cara. Para todo lugar que eu ia sempre levava a viola a tira colo, e com o tempo logo os calos surgiram, e quando exagerava umas bolhas de sangue também. Nada que fosse me matar, era apenas meu corpo se acostumando com o novo esforço, a nova maneira de trabalha-lo.
Os anos se passaram, continuei tocando, as vezes mais, as vezes menos, mas sempre tocando. Com passar do tempo me aproximei do yoga e quando dei por mim estava sentado no tapetinho emborrachado de prática, olhando para as partes desgastadas do mesmo e pensando: "Você ainda não consegue fazer esse asana com tranquilidade porque ainda nao criou 'calo no dedo'..." Como na música, a prática trazia os mesmos desafios, ser constante e ter compromisso até o corpo e a mente se acostumarem com a novidade. Até o corpo e a mente se sentirem a vontade para relaxar no que está sendo proposto. Até você conseguir superar tranquilamente e sem pressa as dificuldades que naturalmente surgirem.
Na música, depois que se tem o calo criado, você pode tocar por horas, esmiuçar o instrumento, fazer acordes acrobáticos, que mesmo assim tudo flui na cadencia da canção executada. No Yoga acontece algo semelhante, no asanas, nos pranayamas, em meditação. Quem nunca se deparou com alguma prática meditativa na qual a mente teima em não relaxar, em não se centrar no que é proposto, mas que depois de alguma insistência e um pouco de paciencia tudo parece encontrar seu espaço e seu momento para ser e acontecer. A prática constante dá resultado, e não precisa ser musico, yogui, ou qualquer sábio para chegar a essa conclusão. Em qualquer situação do dia a dia, em qualquer lugar, nas situações mais adversas, a prática somada a uma boa orientação é o melhor caminho para se dominar o que está sendo estudado.
terça-feira, 9 de junho de 2009
O dia de folga
Quando a manhã havia nascido ensolara apesar do dia frio de final de outono as nuvens, como é de costume destes seres de algodão, chegaram se arrastando pela fluidez dos céus. E, também como é costume que derramem chuva por aí, mesmo que todos tivessem programado atividade ao ar livre, corridas, pedaladas, crianças no parque, cachorro correndo atras de gravetos. Beleza, estragaram seu programa! Raios, raios duplos!! Literalmente...
Ok, temos cinco minutos para ficar nervosinhos. Tempoooo! "É sempre assim, quando me programo, quando tenho uma folga daquele emprego infernal, quando vou dar um relaxada tudo acontece de outra forma.... ô meu deus do céu!!!" Beleza, deu né?!
Agora dá uma olhada em volta. A chuva parou de cair? O tempo melhorou? Você pode sair para curtir uma tarde ensolarada junto aos seus amados? É meu amigo dessa jornada imaginária, a nossa indignação é como uma mosca sem asas - como disse o cara lá de Minas nos já distantes anos 90. Pode chorar. espernear, mas nada vai mudar só porque a gente deseja o contrário. Doa a quem doer, incomode a quem incomodar, certas coisas estão aí para serem aceitas. Não me entenda mal, para começo de conversa. Não estou falando que também não adianta se dedicar, trabalhar, usar de artimanhas, que somos incapazes de transformar e interagir com outros e como o mundo a nossa volta.
O lance, a parada, a coisa toda acontece assim: haviamos programado um passeio super bacana, mas para ser mesmo super bacana contávamos com a presença do astro rei. Mas como quem deu as caras foram as nuvens acompanhadas de uma inconveniente chuvinha, jogaram água no nosso chopp. Então ficou assim: desejamos algo, fizemos uma ação para realizar o que desejamos, mas... o fruto foi outro. Ou seja, quando fazemos uma ação podemos colher basicamente três frutos diferentes: o que estávamos esperando, melhor do que estávamos esperando, ou diferente do que esperávamos. Isso parece fazer sentido, não é?
Pô! Se não estivesse chovendo, se o dia estivesse ensolarado como desejamos no inicio iriamos para o parque ou para a praia aproveitar o abençoado clima tropical do Brasil. Isso se enquadra no primeiro caso citado no parágrafo anterior. Porém, contudo, todavia, se e se somente se quando chegássemos no parque, dia ensolarado, tudo indo como você imaginou logo pela manhã e ainda, ao se dirigir ao carrinho de pipocas e pedir aquele saquinho misto, com as salgadas por cima e a pipoquinha cor-de-rosa doce por baixo, o ilustre pipoqueiro anuciasse para quem quisesse ouvir que você é o centésimo cliente daquele dia, e que por isso irá ganhar não duas, mas três pipocas inteiramente grátis!!! Putz companheiro... isso é ainda melhor do que haviamos imaginado no inicio dessa conversa. Afinal três saquinhos de pipoca mista assim de graça não se consegue tão fácil hoje em dia, não senhor.
Ficou animadinho, eu sei. Mas nossa história é diferente. Tá chovendo cara! Não vem que não tem. Não vai ter parque nem praia, nem pipoqueiro gente fina. Life is a bitch! Chuva fina no seu parabrisa. O fruto de nossa ação, ou de nosso desejo, foi bem diferente do que queríamos. Resiguinarmo-nos seria a atitude adequada. Aceitar o que não pode ser mudado, nem mesmo alterado por nossas ações ou desejos.
Olha só, o exemplo acima é bem tolinho, mas se liga, isso acontece todo dia, toda hora com a gente. Neguinho trabalha, se esforça buscando um alvo fixo e preciso. O trabalho e dedicação são dignos, os projetos são dignos e corretos, é assim que deve ser. Contudo os frutos das ações não dependem de quem as faz. Cabe a cada um de nós entender e aceitar e ainda perceber que se está chovendo canivete lá fora no seu dia folga você ainda pode reunir amigos e amores em casa para uma boa massa, um bom vinho, quem sabe uma boa partida de Imagem & Ação.
Ok, temos cinco minutos para ficar nervosinhos. Tempoooo! "É sempre assim, quando me programo, quando tenho uma folga daquele emprego infernal, quando vou dar um relaxada tudo acontece de outra forma.... ô meu deus do céu!!!" Beleza, deu né?!
Agora dá uma olhada em volta. A chuva parou de cair? O tempo melhorou? Você pode sair para curtir uma tarde ensolarada junto aos seus amados? É meu amigo dessa jornada imaginária, a nossa indignação é como uma mosca sem asas - como disse o cara lá de Minas nos já distantes anos 90. Pode chorar. espernear, mas nada vai mudar só porque a gente deseja o contrário. Doa a quem doer, incomode a quem incomodar, certas coisas estão aí para serem aceitas. Não me entenda mal, para começo de conversa. Não estou falando que também não adianta se dedicar, trabalhar, usar de artimanhas, que somos incapazes de transformar e interagir com outros e como o mundo a nossa volta.
O lance, a parada, a coisa toda acontece assim: haviamos programado um passeio super bacana, mas para ser mesmo super bacana contávamos com a presença do astro rei. Mas como quem deu as caras foram as nuvens acompanhadas de uma inconveniente chuvinha, jogaram água no nosso chopp. Então ficou assim: desejamos algo, fizemos uma ação para realizar o que desejamos, mas... o fruto foi outro. Ou seja, quando fazemos uma ação podemos colher basicamente três frutos diferentes: o que estávamos esperando, melhor do que estávamos esperando, ou diferente do que esperávamos. Isso parece fazer sentido, não é?
Pô! Se não estivesse chovendo, se o dia estivesse ensolarado como desejamos no inicio iriamos para o parque ou para a praia aproveitar o abençoado clima tropical do Brasil. Isso se enquadra no primeiro caso citado no parágrafo anterior. Porém, contudo, todavia, se e se somente se quando chegássemos no parque, dia ensolarado, tudo indo como você imaginou logo pela manhã e ainda, ao se dirigir ao carrinho de pipocas e pedir aquele saquinho misto, com as salgadas por cima e a pipoquinha cor-de-rosa doce por baixo, o ilustre pipoqueiro anuciasse para quem quisesse ouvir que você é o centésimo cliente daquele dia, e que por isso irá ganhar não duas, mas três pipocas inteiramente grátis!!! Putz companheiro... isso é ainda melhor do que haviamos imaginado no inicio dessa conversa. Afinal três saquinhos de pipoca mista assim de graça não se consegue tão fácil hoje em dia, não senhor.
Ficou animadinho, eu sei. Mas nossa história é diferente. Tá chovendo cara! Não vem que não tem. Não vai ter parque nem praia, nem pipoqueiro gente fina. Life is a bitch! Chuva fina no seu parabrisa. O fruto de nossa ação, ou de nosso desejo, foi bem diferente do que queríamos. Resiguinarmo-nos seria a atitude adequada. Aceitar o que não pode ser mudado, nem mesmo alterado por nossas ações ou desejos.
Olha só, o exemplo acima é bem tolinho, mas se liga, isso acontece todo dia, toda hora com a gente. Neguinho trabalha, se esforça buscando um alvo fixo e preciso. O trabalho e dedicação são dignos, os projetos são dignos e corretos, é assim que deve ser. Contudo os frutos das ações não dependem de quem as faz. Cabe a cada um de nós entender e aceitar e ainda perceber que se está chovendo canivete lá fora no seu dia folga você ainda pode reunir amigos e amores em casa para uma boa massa, um bom vinho, quem sabe uma boa partida de Imagem & Ação.
sábado, 6 de junho de 2009
O simples objetivo
Muito se fala sobre os objetivos maiores, mais profundos, ou mesmo, as verdadeiras metas do Yoga em livros, aulas e palestras. Professores preocupados em transmitir essa tradição de forma fiel ao que lhes foi ensinado apontam para o conceito de libertação, de moksa, como o alvo que o yoguin deve atingir.
Partindo do denso para o sutil, como já sabemos, o estudante deve por seu corpo a prova executando asana, elevar seu nível de energia respirando nos pranayama, procurar adaptar seu estilo de vida ao que é sugerido nos conceitos apresentados nos yama e niyama. A partir daí o caminho mais interno, mais sutil, desta cultura milenar se abre de forma mais clara. Retrair os sentidos e focar a mente num único ponto até que essa concentração seja absoluta e contínua. Eis de fato uma prática completa de Yoga.
Os frutos em se superar caminho tão estreito e disciplinador são belos e estimulantes. Conhecer sua verdadeira natureza, conhecer o Ser, aquele que tudo permeia e a nada pertence, aquele que não é palpável, porém do qual fazemos parte como um todo absoluto. Não existe tesouro maior para um ser humano receber.
Contudo muitos não irão tão longe em suas práticas, muitos nem mesmo a começarão! Boa parte ficará perdida no labirinto do ego, acreditando em verdades tão confiáveis quanto anúncios de televisão. Outra parte terá como objetivo maior a elasticidade, a plástica dos asana, a vitalidade dos pranayama. O restante, que passou pelo funil, ainda percorrerá por desafios maiores. Acreditar que uma mente focada e extremamente sagaz seria a liberdade, e não perceber que um grande poder focado em motivações pouco nobres ou mesmo egoístas certamente causarão grande estrago para o praticante e também para outros.
Superar, deixar de lado, ter o poder nas mãos e com a humildade celebrada por nobres santos de desfazer do que poderia ser uma arma perigosa. Como um presidente de uma grande nação, como o herdeiro multimilionário que teria o mundo ao seus pés e mesmo assim procura adequar sua vida a um bem maior, o verdadeiro yogi supera a si mesmo provavelmente na maior prova de austeridade conhecida pela humanidade e, ao final, depara-se com a derradeira questão: se apegar a sua própria grandiosidade ou diluir-se no amor infinito do Ser primordial?
De cara ao espelho, como um narciso as avessas, este supremo praticante esta prestes a realizar o ato cabal de sua existência. Sair como a estrela do espetáculo para receber os louros e fama de um artista internacional? Ao fim, o oposto se realiza. Ele sai pelos fundos, horas depois do último espectador do espetáculo chamado vida, como um humilde faxineiro que encara seu rotineiro, pacato e árduo trabalho com naturalidade, e que acima de tudo tem a suprema consciência que tudo esta relacionado, sendo cada faceta do mesmo rosto importante e essencial como a face supostamente mais bela.
*artigo também disponível em www.yoga.pro.br
Partindo do denso para o sutil, como já sabemos, o estudante deve por seu corpo a prova executando asana, elevar seu nível de energia respirando nos pranayama, procurar adaptar seu estilo de vida ao que é sugerido nos conceitos apresentados nos yama e niyama. A partir daí o caminho mais interno, mais sutil, desta cultura milenar se abre de forma mais clara. Retrair os sentidos e focar a mente num único ponto até que essa concentração seja absoluta e contínua. Eis de fato uma prática completa de Yoga.
Os frutos em se superar caminho tão estreito e disciplinador são belos e estimulantes. Conhecer sua verdadeira natureza, conhecer o Ser, aquele que tudo permeia e a nada pertence, aquele que não é palpável, porém do qual fazemos parte como um todo absoluto. Não existe tesouro maior para um ser humano receber.
Contudo muitos não irão tão longe em suas práticas, muitos nem mesmo a começarão! Boa parte ficará perdida no labirinto do ego, acreditando em verdades tão confiáveis quanto anúncios de televisão. Outra parte terá como objetivo maior a elasticidade, a plástica dos asana, a vitalidade dos pranayama. O restante, que passou pelo funil, ainda percorrerá por desafios maiores. Acreditar que uma mente focada e extremamente sagaz seria a liberdade, e não perceber que um grande poder focado em motivações pouco nobres ou mesmo egoístas certamente causarão grande estrago para o praticante e também para outros.
Superar, deixar de lado, ter o poder nas mãos e com a humildade celebrada por nobres santos de desfazer do que poderia ser uma arma perigosa. Como um presidente de uma grande nação, como o herdeiro multimilionário que teria o mundo ao seus pés e mesmo assim procura adequar sua vida a um bem maior, o verdadeiro yogi supera a si mesmo provavelmente na maior prova de austeridade conhecida pela humanidade e, ao final, depara-se com a derradeira questão: se apegar a sua própria grandiosidade ou diluir-se no amor infinito do Ser primordial?
De cara ao espelho, como um narciso as avessas, este supremo praticante esta prestes a realizar o ato cabal de sua existência. Sair como a estrela do espetáculo para receber os louros e fama de um artista internacional? Ao fim, o oposto se realiza. Ele sai pelos fundos, horas depois do último espectador do espetáculo chamado vida, como um humilde faxineiro que encara seu rotineiro, pacato e árduo trabalho com naturalidade, e que acima de tudo tem a suprema consciência que tudo esta relacionado, sendo cada faceta do mesmo rosto importante e essencial como a face supostamente mais bela.
*artigo também disponível em www.yoga.pro.br
segunda-feira, 27 de abril de 2009
com calma
Aquela tarde passava devagar, parecida com tédio que já havia rondado aqueles ares de outono, mas agora soava como algo novo. Como se tudo em volta e também por dentro estivesse em camera lenta. Como se a pressa de antes de alguma maneira acelerasse e ultrapasse o tempo, e o que sobrou estivesse ficado calmo.
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Fotos do Intensivo em Cavalcante
No último final de semana, feriado da semana santa, realizamos um ótimo retiro de Yoga no Bistro Amoragaia em Cavalcante (Chapada dos Veadeiros - GO). Gostaria de agradecer a todos que reservaram esse momento para celebrar juntos alguns dias especiais. Nada melhor do que unir Yoga, meditação, mantras, alimentação de primeira, tudo isso imerso na natureza única da Chapada dos Veadeiros. Segue abaixo algumas fotos. Fica o agradecimento a todos, e em especial a Karla e Cris pelo convite e parceria. Namaste!
quarta-feira, 1 de abril de 2009
Não apenas ao yoga, mas sempre e em tudo
Tapah svadhyayesvara pranidhanani kriya yogah
"O aceitar da dor como auxílio para purificação, o estudo dos livros sagrados, e o render-se ao Ser Supremo constituem Yoga na prática". (yoga sutra II,1)
"O aceitar da dor como auxílio para purificação, o estudo dos livros sagrados, e o render-se ao Ser Supremo constituem Yoga na prática". (yoga sutra II,1)
sábado, 14 de março de 2009
Intensivo de Yoga em Cavalcante
segunda-feira, 2 de março de 2009
História de Ganesa de um modo diferente
"Conforme o éon, a história de Ganesa é contada de modo diferente. Numerosos os éons, numerosas as histórias. Só um ponto é certo: Ganesa nasce de Parvati 'sem marido', vina nayakena. Por isso o chamaram Vinayaka. Era visto com frequencia velando diante do quarto de Parvati. Era o seu guardião, manso e reflexivo, com a tromba curvada sobre o ventre redondo e uma presa quebrada. À esquerda, trazia uma pena e um tinteiro. Parvati não conseguia passar perto dele sem acariciá-lo. 'Você é meu filho. É meu. De ninguém mais posso dizer que é meu'. Lembrava-se de tudo o que acontecera naquele dia em que, abandonada no leito, molhada em todos os poros com o suor de Siva e o seu, havia começado a fantasiar furiosamente. Jamais teria um filho? Siva era evasivo quando ela o assolava com suas perguntas. Uma vez tinha dito: 'Como poderei ter um filho? Não tenho morte em mim'. Essas palavras foram uma lâmina. 'Agora terei um filho por capricho', Parvati pensou. Lentamente passou pelo corpo um óleo perfumado, misturando-o ao suor, às escaras da pele. Com raiva passava as palmas da mão no ventre, nas pernas, nos seios. Quase se arranhava, para não perder nem o mínimo resíduo. Colheu um grumo de matéria, do qual nasceu Ganesa. Ele não tinha, então, a cabeça de elefante. Era um menino belíssimo, que nunca se separava da mãe. Siva fingiu estar contente, mas estava contrariado. Mestra do ciúme, Parvati, exultante, reconheceu em Siva aquele tormento que lhe era familiar.
Um dia Ganesa ousou abrir a porta do quarto de Parvati, depois de uma briga. Siva decepou-lhe a cabeça. E imediatamente, diante de Parvati emudecida, inavadiu-o uma sombra de afeto, imensa, por aquele corpo exâmine. Ordenou a Nandin que arrancasse a cabeça de Airavata, o elefante de Indra. Em outros tempos, quando Indra era o soberano incontestável dos deuses, isso teria parecido um absurdo. Mas os Devas agora estavam debilitados. Nandin voltou um dia trazendo no lomboa nobre cabeça de Airavata. Uma presa havia se quebrado no feroz duelo. Como um artesão, Siva ajustou a cabeça de elefante no pescoço de Ganesa. Parvati acompanhava tudo com um olhar dulcíssimo. Sabia com quanta perspicácia Siva realizava a delicada operação. E pensara subitamente que só agora seu filho seria verdadeiramente ele mesmo. Desde esse dia, não teve mais medo da solidão. Quando Siva se afastava, e nunca se sabia com certeza se era para se dedicar ao tapas em solidão ou para seduzir uma Apsaras ou uma mulher qualquer ou para destruir ou dar vida a alguma parte do mundo - mas, em todo caso, sua ausencia a perseguia -, Parvati estendia-se no leito entre muitas almofadas e ditava longas histórias. Histórias do mundo que nunca tinha visto. Agachado a seus pés, Ganesa escrevia. Era um escriba velocíssimo, incansável. Assim que acabava, Parvati acariciava sua presa quebrada e beijava sua ampla fronte enrugada."
Trecho do livro "Ka" de Roberto Calasso
Um dia Ganesa ousou abrir a porta do quarto de Parvati, depois de uma briga. Siva decepou-lhe a cabeça. E imediatamente, diante de Parvati emudecida, inavadiu-o uma sombra de afeto, imensa, por aquele corpo exâmine. Ordenou a Nandin que arrancasse a cabeça de Airavata, o elefante de Indra. Em outros tempos, quando Indra era o soberano incontestável dos deuses, isso teria parecido um absurdo. Mas os Devas agora estavam debilitados. Nandin voltou um dia trazendo no lomboa nobre cabeça de Airavata. Uma presa havia se quebrado no feroz duelo. Como um artesão, Siva ajustou a cabeça de elefante no pescoço de Ganesa. Parvati acompanhava tudo com um olhar dulcíssimo. Sabia com quanta perspicácia Siva realizava a delicada operação. E pensara subitamente que só agora seu filho seria verdadeiramente ele mesmo. Desde esse dia, não teve mais medo da solidão. Quando Siva se afastava, e nunca se sabia com certeza se era para se dedicar ao tapas em solidão ou para seduzir uma Apsaras ou uma mulher qualquer ou para destruir ou dar vida a alguma parte do mundo - mas, em todo caso, sua ausencia a perseguia -, Parvati estendia-se no leito entre muitas almofadas e ditava longas histórias. Histórias do mundo que nunca tinha visto. Agachado a seus pés, Ganesa escrevia. Era um escriba velocíssimo, incansável. Assim que acabava, Parvati acariciava sua presa quebrada e beijava sua ampla fronte enrugada."
Trecho do livro "Ka" de Roberto Calasso
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Aprendendo com as enchentes de Sta Catarina
Estava eu navegando e encontrei este site bem bacana sobre o aquecimento global. Tomei a liberdade de copiar e postar um artigo sobre as enchentes aqui em Sta Catarina. Segue abaixo o texto:
Aprendendo com as enchentes de Santa Catarina (Site AquecimentoGlobal.com.br - Hélio A. Frei Filho)
As mudanças climáticas que observamos no planeta inteiro com o gradual e continuo aquecimento da atmosfera e dos oceanos devido a alta concentração dos gases do efeito estufa que torna a atmosfera mais ativa intensificando gradualmente eventos como fortes chuvas, ciclos de secas, maior numero de furações e tufões também tem afetado o Brasil e entre todos os estados Santa Catarina e Rio Grande do Sul vem sofrendo com maior intensidade os efeitos do aquecimento global, a alguns anos atrás o Rio Grande do Sul sofreu um grande ciclo de secas que deteriorou bastante a economia agropecuária da região, Santa Catarina sofreu em 2005 um furacão que os meteorologistas não acreditaram que seria possível, pois este tipo de evento climática nunca havia sido registrado no atlântico sul, no entanto, este foi o primeiro, e felizmente a marinha e a defesa civil acreditaram na intensidade e força do evento e tomaram a tempo as medidas certas que amenizaram as perdas de vidas e os danos materiais, mesmo assim milhares de residências foram destruídas. Na linha do equador uma grande seca sem precedentes atingiu a Amazônia em 2005 que colocou em risco todo aquele gigantesco ecossistema, fundamental para a regularidade do clima no Sudeste e Sul do Brasil. O estado de Santa Catarina já sofreu outras enchentes anteriormente, mais nunca com a intensidade como a de novembro de 2008. O país precisa aprender com este trágico evento climático, e preparar-se para o futuro, o estado não pode apenas mostrar-se presente á luz dos holofotes da impressa, e necessário que haja um planejamento para lidar com esta nova realidade que esta se formando com as mudanças climáticas.
Somente o socorro emergencial às vitimas de calamidades como estas é pouco, é preciso evitar, senão amenizar, as calamidades causadas pelas mudanças climáticas preparando a sociedade e a economia para enfrentá-las, já que teremos que conviver por algumas décadas com os efeitos do aquecimento global. Cabe ao estado inserir as possíveis conseqüências das mudanças climáticas em seus planos de desenvolvimento econômico e infra-estrutura sob pena de ver sua sociedade e economia periodicamente afetadas por eventos climáticos extremos. O estado de Santa Catarina teve sua economia paralisada com estas fortes chuvas, inclusive com o fechamento do importante porto de Itajaí, o Rio Grande do Sul ficou por alguns dias sem uma importante fonte de energia, o gás natural, que devido ao rompimento do gasoduto que passa pela região afetada pelas fortes chuvas em Santa Catarina, isto sem contar a tragédia social com centenas de mortes e milhares de desabrigados. Outros países já se conscientizaram que é necessário mitigar, ou seja adaptar-se, no Reino Unido, por exemplo, o enfrentamento as possíveis conseqüências das mudanças climáticas já é política de governo, com vários medidas e investimentos como por exemplo a construção das gigantescas comportas do rio Tamisa para proteger a cidade de Londres das terríveis conseqüências das cheias.Claro que não podemos comparar a capacidade de investimento de um pais como o Reino Unido com a do Brasil, mais e certo que e sempre muito mais barato prevenir do que remediar. O Brasil precisa, entre outras, tomar medidas como maior fiscalização na ocupação do solo urbano para que não seja permitido construir em áreas de risco como encostas, ou a beira de rios, e mangues, maior fiscalização e orientação na construção predial para que estejam adaptadas a um clima mais rigoriso, maior fiscalização no controle de queimadas e desmatamento da Amazônia e de outros importantes biomas do Brasil, já que o Brasil é o 4º maior emissor de CO2 devido principalmente a queimadas na Amazônia. Desenvolvimento de novas técnicas de construção e adaptação de portos, rodovias, redes de transmissão de energia, dutos e gasodutos, para que sejam adaptadas para resistir aos efeitos de uma atmosfera mais ativa. Estratégicas reservas e conservação de água para as grandes cidades e agricultura, para eventos de chuvas irregulares.O governo Brasileiro já trabalho em um chamado Plano Nacional de Mudança Climática, que foi anunciado pelo Presidente Lula na 62ª Assembléia Geral da ONU, e deve apresenta-lo agora neste mês de Dezembro na conferência do clima de Poznan, Polônia, esperamos que este plano seja abrangente o necessário para planejar como iremos adaptar nossa economia para diminuir as emissões dos gases do efeito estufa e ao mesmo tempo lançar as bases para planejarmos nossa economia para adaptarmos aos efeitos do aquecimento global que segundo os cientista, teremos que conviver nas próximas décadas.
Aprendendo com as enchentes de Santa Catarina (Site AquecimentoGlobal.com.br - Hélio A. Frei Filho)
As mudanças climáticas que observamos no planeta inteiro com o gradual e continuo aquecimento da atmosfera e dos oceanos devido a alta concentração dos gases do efeito estufa que torna a atmosfera mais ativa intensificando gradualmente eventos como fortes chuvas, ciclos de secas, maior numero de furações e tufões também tem afetado o Brasil e entre todos os estados Santa Catarina e Rio Grande do Sul vem sofrendo com maior intensidade os efeitos do aquecimento global, a alguns anos atrás o Rio Grande do Sul sofreu um grande ciclo de secas que deteriorou bastante a economia agropecuária da região, Santa Catarina sofreu em 2005 um furacão que os meteorologistas não acreditaram que seria possível, pois este tipo de evento climática nunca havia sido registrado no atlântico sul, no entanto, este foi o primeiro, e felizmente a marinha e a defesa civil acreditaram na intensidade e força do evento e tomaram a tempo as medidas certas que amenizaram as perdas de vidas e os danos materiais, mesmo assim milhares de residências foram destruídas. Na linha do equador uma grande seca sem precedentes atingiu a Amazônia em 2005 que colocou em risco todo aquele gigantesco ecossistema, fundamental para a regularidade do clima no Sudeste e Sul do Brasil. O estado de Santa Catarina já sofreu outras enchentes anteriormente, mais nunca com a intensidade como a de novembro de 2008. O país precisa aprender com este trágico evento climático, e preparar-se para o futuro, o estado não pode apenas mostrar-se presente á luz dos holofotes da impressa, e necessário que haja um planejamento para lidar com esta nova realidade que esta se formando com as mudanças climáticas.
Somente o socorro emergencial às vitimas de calamidades como estas é pouco, é preciso evitar, senão amenizar, as calamidades causadas pelas mudanças climáticas preparando a sociedade e a economia para enfrentá-las, já que teremos que conviver por algumas décadas com os efeitos do aquecimento global. Cabe ao estado inserir as possíveis conseqüências das mudanças climáticas em seus planos de desenvolvimento econômico e infra-estrutura sob pena de ver sua sociedade e economia periodicamente afetadas por eventos climáticos extremos. O estado de Santa Catarina teve sua economia paralisada com estas fortes chuvas, inclusive com o fechamento do importante porto de Itajaí, o Rio Grande do Sul ficou por alguns dias sem uma importante fonte de energia, o gás natural, que devido ao rompimento do gasoduto que passa pela região afetada pelas fortes chuvas em Santa Catarina, isto sem contar a tragédia social com centenas de mortes e milhares de desabrigados. Outros países já se conscientizaram que é necessário mitigar, ou seja adaptar-se, no Reino Unido, por exemplo, o enfrentamento as possíveis conseqüências das mudanças climáticas já é política de governo, com vários medidas e investimentos como por exemplo a construção das gigantescas comportas do rio Tamisa para proteger a cidade de Londres das terríveis conseqüências das cheias.Claro que não podemos comparar a capacidade de investimento de um pais como o Reino Unido com a do Brasil, mais e certo que e sempre muito mais barato prevenir do que remediar. O Brasil precisa, entre outras, tomar medidas como maior fiscalização na ocupação do solo urbano para que não seja permitido construir em áreas de risco como encostas, ou a beira de rios, e mangues, maior fiscalização e orientação na construção predial para que estejam adaptadas a um clima mais rigoriso, maior fiscalização no controle de queimadas e desmatamento da Amazônia e de outros importantes biomas do Brasil, já que o Brasil é o 4º maior emissor de CO2 devido principalmente a queimadas na Amazônia. Desenvolvimento de novas técnicas de construção e adaptação de portos, rodovias, redes de transmissão de energia, dutos e gasodutos, para que sejam adaptadas para resistir aos efeitos de uma atmosfera mais ativa. Estratégicas reservas e conservação de água para as grandes cidades e agricultura, para eventos de chuvas irregulares.O governo Brasileiro já trabalho em um chamado Plano Nacional de Mudança Climática, que foi anunciado pelo Presidente Lula na 62ª Assembléia Geral da ONU, e deve apresenta-lo agora neste mês de Dezembro na conferência do clima de Poznan, Polônia, esperamos que este plano seja abrangente o necessário para planejar como iremos adaptar nossa economia para diminuir as emissões dos gases do efeito estufa e ao mesmo tempo lançar as bases para planejarmos nossa economia para adaptarmos aos efeitos do aquecimento global que segundo os cientista, teremos que conviver nas próximas décadas.
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Grupo de estudo do Yoga Sutra de Patanjali
A partir da semana que vem (27/01) iniciaremos um Grupo de estudo do Yoga Sutra de Patanjali no Yogashala.
Vamos nos reunir ao meio dia, sempre as terças-feiras, para ouvir os Cds comentados da professora Glória Arieira.
Estão todos convidados !
:)
Vamos nos reunir ao meio dia, sempre as terças-feiras, para ouvir os Cds comentados da professora Glória Arieira.
Estão todos convidados !
:)
Novas Turmas
Ano novo, turma nova!
A partir da semana que vem estarei ministrando aulas no Espaço Débora Ventura nas terças e quintas as 18 horas.
Estão todos convidados para aula inaugural gratuita na terça (27/01).
Maiores infos mail me ciroyoga@gmail.com
A partir da semana que vem estarei ministrando aulas no Espaço Débora Ventura nas terças e quintas as 18 horas.
Estão todos convidados para aula inaugural gratuita na terça (27/01).
Maiores infos mail me ciroyoga@gmail.com
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